19/09/2007

Tudo Que Você Pode Deixar Pra Trás.

Algo está errado. Algo não está legal. Alguém pode me dizer o que é?
Eu venho buscando uma resposta para isto nos últimos dias, mas não encontro. Não é a mágoa da decepção de uma briga definitiva com alguém que eu tanto apreciava a companhia, nem por ter sido expulso de um grupo de amigos recentemente, nem por estar pagando mil reais da dívida de outra pessoa. Não é a mudança de ares pela mudança de apartamento. Não é problemas de família, tudo está igual.
Simplesmente não sei o que me deixou assim.


Já no começo do mês de Julho, as coisas iam mal. Eu estava incomodado, estressado, queria ficar sozinho e não conseguia. Sentia que precisava de uma mudança, na vida, e uma mudança interna com isso viria. Levei ao pé da letra, mudei de apartamento. Com isso, a mudança de ares veio junto. Aqueles que antes eram amigos e estavam presentes regularmente não mais me procuram e nem me deixam procurá-los. Minha responsabilidade financeira melhorou e com isso comecei a controlar mais apropriadamente meus gastos. Não me deixo mais estar sem grana. No trabalho, minha carga de trabalho foi multiplicada, porém o pagamento também melhorou. Com a família vai tudo bem, obrigado. Resumindo, tudo está indo consideravelmente bem, tirando um probleminha aqui e outro ali, que todo mundo tem.
Porém, algo começou a incomodar. Comecei a perder horas de sono, pensando em coisas da vida, presente, passado e futuro. Somado a insônia pode se imaginar o resultado. Noites mal dormidas e com isso dias sonolentos. Passo o tempo todo com ansiedade, sentido que algo está para vir. Não sei o que é e esse mistério me tortura. Certas coisas não estão me empolgando como antes. Não me interessa mais ir ao barzinho com os amigos, nem ir ao cinema sozinho nas quartas, como antes. Nem conversar no telefone, nem assistir o jornal na TV, nem comprar uma comida mais caprichada pro Domingo. Conversando mais superficialmente com os mais chegados a respeito disso, me foi indicado florais para relaxar e até chá pra me arrancar no corpo. Isso seria interessante, principalmente se eu voltar trazendo comigo nova bagagem.


Voltam à tona palavras, que refletem ao vidro como o sol. Palavras da Fernanda, palavras do meu pai, do meu passado impresso como carimbo na alma. As palavras que celebram como uma certidão o resgate em definir-me, engolindo seco algumas palavras amargas. As palavras boas nós geralmente não guardamos um lugar tão amplo no coração como fazemos com esses anúncios negativos.
Essas palavras se confundem ao futuro próximo, as possibilidades que virão. Remetem à idéia que tudo é predestinado, futuro não é opcional. Destino é uma palavra que incomoda, mas já me está mais do que provado a veracidade.
Enquanto isso vou aqui levando esses dias com essa tortura sentimental, psicológica e mental. Não vejo um cessar-fogo próximo quanto a isso. Sinto uma mudança maior se aproximando a mim e é nessas horas que busco a quem mais me agrada. E é exatamente nessas horas que não consigo as ter por perto. Talvez eu ainda teria a Suki como uma boa amiga se não tivesse cometido erros, ou poderia do mesmo modo ainda ter até certos familiares mais por perto. De resto, o destino se encarregou. Eu hoje me vejo longe de uma irmãzinha de alma porque provavelmente falaria algo pra ela que poderia não agrada-la, se a tivesse por perto. E por assim vai. Tem gente que acha legal eu fugir das pessoas, outras me criticam por isso. Mas apenas eu entendo os motivos de ser assim, e tenho meus motivos, poderia até listá-los aqui. Mas não vem ao caso, com isso insisto nas possibilidades de pessoas especiais ao meu redor.


PS> Marie Forrel vai me ligar semana que vem para uma entrevista, outro motivo de ansiedade. Futuramente explicarei melhor esta história.

Um comentário:

  1. Sensação ruim esta de faltar algo. Porém, creio que são nessas horas que crescemos como pessoa.
    Tente se avaliar melhor, talvez descubra o pq de tanta aflição. Tire proveito deste sentimento, não o rejeite ou encare como algo totalmente negativo.

    ;**

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