30/04/2007

Férias de Casa

Eu venho passando as últimas semanas me perguntando que porra estou fazendo. Quer dizer, eu planejava manter minha vida como ela estava, sem manter muito o que carregar para poder me locomover a próxima moradia com mais facilidade. Por isso, a maior coisa que eu tinha era o computador. Mas neste ano eu fiz minha própria filosofia de vida mudar com a idéia de certa estabilidade confortável. E acho que fiz isso quando parei para contar, só por curiosidade, com quantas pessoas já morei. O resultado foi 47. Isso é muito para quem tem apenas 3 anos de estrada. Se eu continuar nesta em 9 anos terei morado com 188 pessoas. Então resolvi sossegar e retomar a vida “lobo solitário” do qual experimentei há algum tempo em Campinas. Tendo assinado um contrato de permanência até dezembro de 2007, ainda terei que permanecer com a 47ª pessoa por este ano inteiro. Mas já tenho todo o plano de moradia traçado para a partir desta data fixada, dez/2007!
A quem não vivenciou um a experiência árdua como esta, os digo: não é fácil, amigo. São muitas e muitas coisas que se deve comprar para tornar uma casa habitável, um lar. Moveis grandes, miudezas, todo tipo de coisa. Há dez anos eu jamais me imaginaria na sessão de utensílios de cozinha do mercado, escolhendo a cor do carrossel de pregadores de meias. Quando me peguei nesta situação, semana passada, me deu um estalo e comecei a pensar sobre isso. Sinceramente pensei que fosse surtar e que precisaria de ajuda média para voltar a mim mesmo e meu corpo voltar a obedecer aos meus comandos. A senhora do meu lado, escolhendo vassouras, me olhou com uma cara estranha.
Foi algo estranho aquele flash, mas profundo. Significa, talvez, que eu estarei casando comigo mesmo e caso enjoe da vida que levarei, não poderei fugir novamente.
Me fez perceber também que venho me tornando uma pessoa muito analítica. Ainda estou tentando descobrir se isso é bom ou ruim.
Até recentemente eu já tinha traçado o plano para os 20 anos seguintes da minha vida, mas neste ano tudo pareceu estranho e me vi obrigado a colocar esses planos no triturador de papel e esquecer. Eu sei EXATAMENTE o que causou esta reforma, foi quando descobri que estava errado sobre algo que pensava sobre mim mesmo. Foi um sentimento inédito, que tenho certeza que poucos neste mundo tiveram a chance de sentir. E quando isso aconteceu, eu simplesmente parei, olhei o nada com cara de espanto e disse: “Cacete, então eu não me conheço direito!” Então quando eu tinha 14 anos e meu pai me dizia “Eu te conheço bem, moleque!”, ele estava errado! E quando aquela loira da quinta série me disse “Depois de te conhecer vi que você não era o que eu pensava” ela também estava errada. Bom, mas neste caso eu até a apoio, é preciso me conhecer apenas 70% para perceber que sou chato pra cacete.
Mas o bom de tudo isso é que quando as pessoas te fazem um comentário sobre você, você passa a prestar mais atenção. E quando você sonha, você presta mais atenção até nisso, para descobrir mais sobre si. Eu tenho a chance de ter por perto alguém que me colabora com estes comentários construtivos. Na última quarta-feira, saí para beber e conversar com ela e acabei criando uma discórdia entre nós por um motivo ridículo, que me fez me sentir um idiota depois (Nota: lembrar de pedir desculpas.). Neste período de discórdia ela me disse que as vezes encho o saco, isso é relativamente concordável, já que ela não foi a primeira pessoa a fazer tal afirmação. Neste comentário específico eu não faço objeção, mas sim uma colocação: Não é bom ter por perto alguém que é chato de vez em quando? O ideal de chatice eu diria que seria de 8 a 10%. Fala sério, alguém que é SEMPRE legal é um saco! A coisa fica muito maçante e você enjoa facilmente desta pessoa, eu mesmo gosto de ter por perto pessoas que de vez estão um saco.
O segundo comentário que me levou a uma auto-análise demorada foi que sou louco. Bom, a respeito desta palavra eu diria que ela é contestável, afinal o que se define “louco”? É um termo tão amplamente duvidoso que eu mesmo não poderia definir se um indivíduo é louco ou não. Acredito que se pode chamar de louco alguém que você vê nadando na sarjeta, ou conversando com a foto do cachorro desaparecido colado no poste da Rua 15.
Conheço pessoas muito normais que se auto-denominam loucas e acham a coisa mais linda. Eu sinceramente acho degredável, mas sou obrigado a levantar tal pensamento: será que existe o “normal”? E se existe, alguém é 100% normal? Se existe esse alguém, será que ele não é chato pra cacete, por levar uma vida que provavelmente é metódica, rotineira e maçante, passando os dias sendo uma pessoa totalmente submissa, sem levantar grandes questões sobre a vida?
Se ser normal é isso, eu passo, e prefiro levar o depreciável adjetivo “louco” a me manter na condição de instrumento humano, uma engrenagem colocada na função de manter o mundo como ele supostamente deve ser.
Mesmo assim, posso afirmar que sou chato as vezes, sim, mas não sou louco. Talvez louco seja continuar a levar essa vida boêmia e nômade, de incertezas e doideiras, sem um verdadeiro lar para abraçar com todas as forças e entender a necessidade que a mente tem em ter um lugar que serve como o berço de suas idéias.
A esta minha amiga que sempre me ajuda a compreender mais sobre ela e sobre mim mesmo eu digo que ela será a primeira a conhecer a casa nova, em dezembro.

24/04/2007

Temporada Aberta


Muita gente confunde esse negócio de amizades. Dão importância a coisas passageiras, porém de maior intensidade. Eu não sou contra isso, aliás sou prova viva que isso existe.
Por toda minha vida tive o que posso chamar de amigos de temporada. Tive alguns da escola no começo dos anos 90, outros 94 a 99, outros 2000 outros 2001, outros 2002-2004, outros 2005 e 2006 a 2007. E sei que isso se sucedera pelos anos seguintes, talvez em menor escala de quantidade.
Mas considerando tudo isso, outro dia me peguei pensando sobre algo de grande valia. Quando eu tinha 7 anos de idade, meu melhor amigo era o Urso, o camarada que está na foto acima. Coitado do Urso, perdia seus olhos toda semana e lá ia minha mãe costurar novos olhos feitos de botões antigos da minha bisavó. Nesta mesma época, eu estava já na escolinha, na minha ex-cidade natal, e lá eu tinha meus amigos habituais que toda criança de 7 anos tem. De todos estes amigos, hoje eu sei o paradeiro de 5 ou 6 deles. Mas tinha alguém em especial que eu me lembro bem. Engraçado que na verdade não haveria possível motivo/razão para lembrar. Isso porque poucos anos depois eu haveria de mudar de cidade deixando todo o passado e todos presentes nele para trás. Mas algo não ficou pra trás, foi a lembrança de uma garotinha japonesinha muito bonitinha, que participou de todos estes meus anos escolares iniciais, 5 ou 6 anos, sei lá.
Quando eu visitava minha ex-cidade natal, passava em frente a casa dessa garotinha e imaginava como ela estaria, mas durante aqueles anos nunca tive coragem de tocar a campainha. Sei lá porque, ia parecer muito coisa de filme, eu provavelmente iria me sentir um idiota.
Em algum mês de 2006, eu estava passando por dias bem conturbados. O mundo parecia conspirar para jogar porcaria na minha frente, eu estava na merda mesmo. Sem emprego, vendo os amigos pisarem na bola e sendo bancado pelo primo. Eu estava descendo a rua, nesta minha ex-cidade e algo me puxou, parecia magnetismo.Quando vi, já estava na esquina da casa dessa garotinha do passado, mas era algo engraçado porque haviam duas vozes e cada um me dizia uma coisa. Uma falava para ir lá, dar um oi pra ela, vocês se davam bem na infância, poderiam ser amigos agora. A outra me dizia que era estupidez, ela acharia que você é um tarado por vir atrás depois de 12 anos, isso se ela ainda morava lá. Mas a razão dizia que ela morava lá, e não havia nenhuma intenção estranha minha. Só queria conversar mesmo, dar o ar da graça e um até logo.
Não sabia que porra fazer então bati palma. Realmente fico perdido quando não encontro a campainha de uma casa! Então ela apareceu na porta e o que me veio á cabeça foi “Nossa, ela realmente não envelheceu depois de todos esses anos.” Mas era sua irmã mais nova, logo apareceu essa amiga do passado na porta.
Hoje digo uma coisa: eu já me arrependi por ter deixado de fazer muita coisa na vida, mas isso que fiz foi minha melhor decisão de 2006. Eu ganhei uma amiga, uma que já participou do passado e agora se faz tão importante no presente que jamais recuso quando ela chama pra tomar um “glub-glub”, mesmo tendo que pegar um ônibus até a cidade vizinha e depois perde-lo, como sempre.
Ela meio que se tornou uma confidente, mesmo achando isso ridículo. É, eu também acho, mas muita coisa pessoal, eu só conto a ela porque seu senso crítico e tão aguçado e realista que me coloca com os pés no chão e me faz perceber coisas sem querer. Isso eu já notei nas nossas primeiras conversas. Sabe aquela coisa de amigo imaginário? Eu sinto meio que isso, só eu vejo, só eu ouço. Dentro destes dias estranhos, onde eu estou vivendo normalmente e de repente tudo é um sonho e eu acordo, temo acordar e ver que eu ainda não fui lá na casa dela dar um “oi” depois destes 12 anos.
Mas dentro de mim, a sensibilidade que ela parece tentar esconder me fascina, e percebo nesses dias que luto para ser um amigo tão importante a ela quanto ela é para mim.Afinal, meus primeiros amigos da vida foram o Urso, que inclusive nasceu antes de mim, e essa garotinha linda, que hoje é a mulher que eu agradeço por não ter me evitado quando eu re-apareci, por perceber que eu voltei oferecendo uma amizade de homem-mulher que poucos acreditam que seja possível existir hoje em dia. Para mim essa amizade que vem se solidificando é mais importante que a somatória de todas essas amizades de temporada que já tive/tenho. Engraçado as necessidades da alma humana, ela vem em forma de jogos do destino, decisões rápidas, e quilômetros percorridos pela chuva.

20/04/2007

Um Nome, Uma Sina.

Em toda minha vida, conto nos dedos de uma mão quantas pessoas já acertaram pronunciar meu nome como ele supostamente é. E conto nos dedos da mão do presidente quantos já acertaram escrevê-lo. O presidente certamente não seria um desses.
De qualquer forma, quando vou a um desses lugares que a moça pede seu nome pra chamar quando for sua vez, eu sempre digo um mais fácil. O nome da vez é Eunuco. Uma já achou estranho, mas eu falei que tinha uma irmã chamada Eunice, e ela engoliu.

Três e Quarenta da Manhã

O cara que tem insônia e não tem tv a cabo é realmente um fudido. Digo isso porque estive doente esses dias e meu sono ficou todo doido. Aí aconteceu de eu ligar a tv de madrugada e só o que passa em canal aberto é programa de crente.
Mas faz todo sentido. O cara que tá cheio de problemas tem insônia. O doente também tem, assim como o corno e o desempregado. Essas pessoas que passam as noites acordadas são o alvo preferido do charlatanismo religioso.
Nesse programa que eu vi teve até uma novelinha, em que o pai de família era uma síntese de todo mundo que estava assistindo aquilo naquele momento: era doente, corno, desempregado, cachaceiro e ainda por cima via uns espíritos passeando pela casa.

19/04/2007

Buracos no Teto


Outro dia, enquanto tomava banho, olhei para cima e notei certa saliência no teto do apartamento, foi durante essa breve observação que percebi que dela caia uma goteira suja e fedorenta. Depois que desliguei o chuveiro comecei a arrancar o revestimento para ver de onde vinha a tal goteira. E assim foi revelado o pior, buracos sob meu teto, bem em cima do chuveiro. Tirei algumas fotos, como podem ser comprovadas acima, para mostrar na imobiliária e exigir alguma atitude do proprietário do imóvel.
Esta tarde, quando voltava para o trabalho depois de andar pelas ruas da cidade sem sucesso pelo fato de ter me esquecido onde fica a maldita imobiliária, pensei mais analiticamente sobre tudo isso. Talvez o fato de eu me importar tanto com isso seja o reflexo de uma intensa mudança interna. Quer dizer, eu realmente venho tendo certas preocupações nos últimos meses que jamais teria há um ano atrás. Claro que qualquer um diria “Sim, idiota. Está na hora de você crescer mesmo.” mas não é bem isso. Por toda minha vida eu jurei a mim mesmo que não me tornaria alguém tão comum quanto o resto das pessoas, e com isso eu adotei uma certa filosofia de vida própria. Ela não causa tantos resultados construtivos, na verdade causa mais destruição de ambiente comum, mas para mim funciona na maioria das vezes. E mesmo quando parece que não vai proporcionar os resultados mais imediatos e agradáveis tento lembrar que eles trazem mais resultados a longo prazo. Alguns deles vão chegar em 2018 pelas minhas contas. Uma característica principal deste modo de visão que tento manter não é dos mais corretos, mas digo que ajuda a superar certas situações de stress, é a ironia. A ironia é uma das coisas que mais irrita as pessoas, mas certamente pode ser usada com inteligência se você for esperto. Há algumas semanas atrás, uma pessoa agiu errado comigo e conseguiu (dou os parabéns a ela por esta capacidade de manipulação, de verdade!) reverter totalmente a situação para eu parecer o errado, e ainda me fazer me sentir culpado. Percebendo isso, eu coloquei em pratica a ironia, num plano elaborado minuciosamente. Digamos, deu certo, mas atualmente ela carrega a idéia convicta de que nunca mais quer me ver em sua frente de novo.
Mesmo assim, os digo: “a ironia é a melhor arma.”
Seu chefe te deu um esporro? Seja irônico com ele. Você provavelmente será demitido mas pelo menos não se sentirá o merda que ele afirma que você é.
Mas voltando um pouco, talvez o que possa estar quebrando essa minha filosofia carregada de excentricidade e incompreensão externa sejam estas preocupações que eu tanto abomino. Digo, esta semana fiquei duas noites sem dormir pois soube que essa tal garota que não quer mais me ver está namorando. Tudo bem, eu desejo o melhor a ela e ao panaca do cara, mas putz... Nem eu que me considero tão expressivo consigo me explicar nesta situação.
Mas tanto a garota quanto os buracos no meu teto logo serão superados. E meu logo não é o mesmo que o resto da humanidade neste caso. São planos de longo prazo, como já mencionei.
E enquanto isso, eu afirmo com a certeza de alguém convicto sobre si, cuidarei que nenhuma outra goteira me preocupe. Claro que precisamos de alguma preocupação para não vivermos como crianças, em casas feitas de Lego, mas como álcool causa cirrose, preocupações causam câncer, úlcera e qualquer outra doença, até gripe.
Nisso lembro que o álcool aqui mencionado está ligado a este tipo de situação, para as pessoas deste planeta. Quer dizer, elas o usam para eliminar temporariamente os buracos em seus tetos. Não que seja algo ruim, eu mesmo faço isso (raramente). Acho que passaria a achar que não é certo se um dia eu acordasse num hotel em Las Vegas, com uma aliança no dedo, ao lado de uma garota que nunca vi.
Enquanto isso, um brinde a vida.

17/04/2007

Segundo um (in)famoso site de testes de personalidade, meu nome significa:

What Julian Means:
J
is for Jolly
U is for Unusual
L is for Liberal
I is for Intelligent
A is for Arty
N is for Nutty
Outro tão interessante quanto é: "Que Tatuagem Você Deve Fazer". Aqui está o link para deleite de todos: http://www.blogthings.com/whattatooshouldyougetquiz/

Passatempo

Estes testes idiotas de internet, apesar de serem idiotas resultam numa grande análise profunda sobre sua personalidade. Ou seja, se você achar um teste desses por dia, nunca precisará de um psicologo.
Eu, como um bom ser humano que faz o possível para se encaixar no termo "pessoa normal" (se é que este termo se adequa aos dias de hoje), preencho muitos desses testes nas minhas horas livres. O último deles respondia a profunda questão "que tipo de escitor eu poderia ser".
Eis a resposta:
You Should Be a Science Fiction Writer.
Your ideas are very strange, and people often wonder what planet you're from.And while you may have some problems being "normal," you'll have no problems writing sci-fi.Whether it's epic films, important novels, or vivid comics...Your own little universe could leave an important mark on the world!
Para os puros brazilleyrus, a tradução:
Você Devia Ser um Escritor de Ficção-Científica.
Suas idéias são muito estranhas, e as pessoas perguntam com frequencia de que planeta você veio. E enquanto você pode ter alguns problemas sendo "normal", você não terá problemas escrevendo ficção-científica. Seja filmes épicos, novelas importantes, ou comédias... Seu pequeno universo pode deixar uma marca importante o mundo!
A quem tiver interesse, segue o link para fazer o teste de "Que Cor Verde Você É"

Felicidade Numa Torrada


Ontem comprei uma daquelas torradeiras americanas. Claro, que junto a ela comprei pão de forma, presunto, maionese e algumas long necks para acompanhar. E chegando em casa, tomei um banho e lá fui eu estrear a nova torradeira, junto aos novos pratos e copos. Mas meu sentimento de diversão não se estendeu por muito tempo....
Sei lá, devo dizer que essas torradeiras não são tão divertidas como na TV...
Acho que meu espirito consumista está tão desarranjado quanto meu espírito inópino.

16/04/2007

Eyes For Lies

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Wonder why
Get your own answers

Knowledge is power

14/04/2007

Andando Sob a Água


Uma pequena trívia, só pra descontrair:


Quantas pessoas já andaram sob a água?



  1. 1 pessoa

  2. 2 pessoas

  3. 3 pessoas

Resposta: opção 3 (3 pessoas). A primeira foi Jesus, a segunda foi Pedro e a terceira foi esse cara chamado José.


11/04/2007

Novo Morador


Uma aranha veio morar no meu apartamento na manhã passada. Cheguei do trabalho, fui tomar banho e lá estava ela, parada sob o box me observando fixamente. Ela então perguntou se podia ficar, temerosa por saber que eu detesto insetos... especialmente aranhas. Provavelmente a matança que fiz na semana passada se espalhou como fofoca entre os insetos das redondezas do condomínio e chegou aos seus ouvidos. Mas é de conhecimento dela também que eu venho mudando meus conceitos sobre companhias e poderia ser possível eu permitir que ela dividisse o mesmo teto que eu.
“O apartamento é pequeno, se você não obstruir meus afazeres comuns do dia-a-dia tudo bem. Eu fico pouco em casa, na verdade.” Eu disse a ela, que parece ter concordado pois subiu rapidamente até o vitrô e permaneceu ao lado do Xampu por algum tempo. Eu não sabia, mas esta espécie de aranha, que é daquelas pequenas e gordinhas, são inimigas mortais daquelas finas e pernudas que insistem em fazer teias nos cantos das paredes. Engraçado como posso aprender até com uma aranha.
Hoje de manhã eu a vi rapidamente, enquanto escovava os dentes ela passou subindo a parede.