05/03/2007

Eu e o Queijo


As pessoas vêm a mim, regularmente, mencionando a palavra “queijo” esperando que eu tenha alguma reação radical, como teria um cego ao ouvir a palavra “carro desgovernado vindo na sua direção”. E o pior não é a situação consideravelmente ridícula que criam, e sim as piadinhas a respeito de tal alimento, que tornam ainda mais ridículo.
Meu problema com o queijo começou sabe lá de onde, sabe lá quando. Provavelmente veio do berço. E apesar do que muitos dizem, não é frescura. Mas também não é rejeição a lactose, eu até gosto de leite, manteiga e derivados. O problema é o queijo.
Muitos tentaram me curar, nenhum deles triunfou. Cito a seguir algumas situações bem desagradáveis e constrangedoras dos quais passei:

· Pedir pizza em casa sem o queijo e adivinha? Vem com queijo.
· Seus tios o chamam para almoçar na casa deles quando você tem 8 anos e lá está o prato favorito deles, uma tremenda lasanha 4 queijos. Você come tudo com cara de horror e vontade de correr pro hospital e fazer uma lavagem estomacal.
· Sua mãe te obriga a comer mussarela derretida algumas vezes quando você ainda não tem nem 10 anos. Isso é crueldade, como sofri!
· A noite em plena praça publica você pede um enorme churros com recheio de goiabada e nota que tem uma estranha cobertura branca. O que seria? Sim, catupiry!
· Rodízio de pizza, esse é o pior. Meu pesadelo. E olha que eu adoro pizza... sem queijo. Num belo dia perdi a vergonha e passei a informar o garçom que gostaria de fazer um pedido a parte: pizzas sem queijo. Rodízio exclusivo. Isso já gerou muitas e muitas piadas entre meus amigos, e até uma comunidade no Orkut.
· Você vai comer um lanche com aquela tal garota que vem investindo muito. Odeia queijo e todos os lanches têm, naturalmente, queijo. O que fazer? “Tenho alergia à lactose”

Isso são apenas alguns exemplos entre as vastas historias que teria para contar, de extremo desespero causado por esta comida de cheiro tão peculiar e característico.
Talvez um dia eu me entregue ao contraditório “prazer” de se comer uma porção de provolone (han!). Quem sabe em uma outra vida...


2 comentários:

  1. Muito bom, Jú...
    Olha aí o meu blog também...

    Beijosssssss

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  2. É sempre uma grande alegria saber que alguém da família gosta de escrever. O talento pode ser de berço, mas também pode ser lapidado com o passar do tempo. A inspiração pode ser ditada pelas vias espirituais como também pode ser tirada do cerne do saber acumulado no cérebro. A vida tem duas facetas: a do terra-a-terra ou a da além-da-terra. Jamais seremos completos sem as duas pois elas representam a ponte de intercambio entre o ceu e terra.
    Poeta Julian, o caminho está aberto onde deverás entrar sem que ninguém possa tolher os seus passos. Escreva. Transmita. Emocione. Convença mas não se convença de que as críticas poderão ser a corrigenda para melhorar. Faço votos para que suas mensagens alcansem a magnitude dos sonhos que trazes no coração. Beijos Tio Julio

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