20/11/2007

Rain... rain... rain!

    Uma vez, quando eu era criança, meu pai ironizou a respeito de uma situação minha e mencionou uma tal de Lady Murphy. Apenas anos depois veio a meu encontro uma explicação sobre o significado de tal palavra. Isso me fez começar a acreditar que essa Lei de Murphy talvez me persiga, regularmente. Por exemplo: aqui onde moro, a cidade-lanche chamada Bauru, o clima anda incerto. Ora chove, ora faz um calor de fritar as orelhas como bacon, ora o céu é coberto por imensas nuvens que recordam o filme Independence Day. Eu, como um bom ser humano que tem lá suas dúvidas a respeito de “ser” humano, gostaria de tomar uma boa chuva. Daquelas de chegar em casa encharcado, com os sapatos fazendo “splof, splof” e a camiseta pesando 2 kilos. O motivo disso talvez seja para recordar aqueles velhos momentos da adolescência, de sair na chuva com os amigos. Ou para simplesmente ficar com aquela boa sensação de “alma lavada”, levada pela chuva ao bueiro. Porém o que vêm acontecendo é que levo a chuva embora, ou ela foge de mim. Outro dia eu estava andando pela Avenida Nações Unidas e o tempo fechou de repente. Logo pensei: “É hoje que tomo aquela chuva!”. Mas que nada, foi eu colocar os pés dentro do saguão do prédio que a chuva começou a cair, e eu perdi! No segundo dia, eu estava novamente a caminho de casa e começou a chuva. Juro ter sentido 12 pingos apenas, deu pra contar sim, foi uma chuva medíocre. Não me veio outra reação senão olhar para o céu e dizer: “É isto que você chama de chuva?” E não adiantou, pois nenhum pingo mais caiu. Nesta tarde houve outro desentendimento climático, aconteceu lá pelas 18 horas. Eu já estava pronto para sair do trabalho e ir pra casa quando começou uma chuva torrencial, que me recordou o filme “Frankenstein”. Novamente surgiu a frase, ecoando na mente “É hoje!”. A energia acabou, o céu desabava, os carros derrapavam na rua, uma árvore caiu perto dali, derrubada pela força do vento. Peguei minha carteira, chave, celular, coloquei um sorriso no rosto e saí pela porta. A chuva começou a cessar. Tudo parou e a vida continuou. Molhei apenas meus sapatos, graças ao sistema planejado de alagamento de Bauru, e fui embora frustrado pela repetida situação.
    Sinceramente já estou a acreditar que quando eu estiver indo a um compromisso, ou indo a algum lugar importante, vestido bem como nunca, com um terno Giorgi Armani, a chuva vai me pegar e me fazer pagar pelas palavras irônicas que rondam minha órbita mental.

RAIN - THE BEATLES
"Se a chuva vem eles correm e escondem suas cabeças
Eles acham que seria melhor se estivessem mortos.
Se a chuva vem, se a chuva vem.
Quando o sol brilha, eles correm pra baixo da sombra,
E preparam suas limonadas,
Quando o sol brilha, quando o sol brilha.

Chuva, eu não ligo,
Brilhe, o tempo está bom.

Eu posso te mostrar que quando começa a chover
Tudo é a mesma coisa;
Eu posso te mostrar, eu posso te mostrar.

Chuva, eu não ligo
Brilhe, o tempo está bom.

Você pode me ouvir que quando chove e brilha (o sol),
É só um estado da mente,
Pode me ouvir?
Pode me ouvir?"

2 comentários:

  1. O tempo aqui também anda incerto. Mas, ao contrário de vc, fujo da chuva! hehe
    Não que não seja bom chegar em casa de "alma lavada", o fato é que estou sempre indo a algum lugar, arrumada... Imagina se chego no cinema, por exemplo, dessa forma?! rs

    Espero que consiga pegar essa chuva quando estiver preparado, e não quando estiver indo a algum lugar importante =P

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  2. Uahahahaha... Pois... Lembre-se ao sair para um compromisso importante de levar o guarda-chuva (Às vezes a Lady Marphy é implacável).

    No mais acho que só falando com São Pedro: Ele há de atender suas preces!

    Uma boa chuva pra vc, até mais!!!!!!!!!!!!

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