07/08/2007

Futuro Não é Coisa da Vovó.


Meus amigos, eu os digo: certas coisas da vida são feitas para não serem feitas. Temos constantes provas disto, a todo o momento em todos os dias de nossa existência. Algumas delas eu simplesmente preferi teimosamente insistir, claro, sem sucesso. Eu deveria, por exemplo, ter parado de tentar tocar guitarra no momento que percebi que jamais tocaria sem desafinar. Isso teria me poupado de alguns vários momentos de constrangimento.
Bom, mas não vem ao caso desenterrar o passado. Vale apenas lembrar o fiasco amoroso do começo deste ano, onde uma série de eventos resultou em uma noite chuvosa, uma cama quebrada e um fora que entrou na lista dos TOP 10.

Levanto uma questão a respeito deste dia: Vale a pena se dedicar a alguém amado? Aliás nem precisa ir muito longe, pode ser alguém que você nem ama ainda, algum começo de relacionamento onde você tenta ao máximo dar um jeito de fazer a coisa andar. Depois de cometer estes singelos, porém significativos atos e depois ser largado como um tênis velho comecei a acreditar que a resposta a esta questão é não. E não digo isso por desilusão, mas por puro aprendizado. Sabendo nós que o coração humano é frágil, comecei a fazer as contas até me dar conta que talvez não valha a pena se sacrificar amorosamente sem retorno garantido, por menor que seja este retorno. Bom, mas como isso é uma opinião que exige distintas visões, venho a sair desse assunto.


Venho me sentindo meio velho ultimamente. Sei que parece paranóia minha, afinal tenho menos de 25 e mais de 20 anos, mas tudo ao meu redor parece caçoar da minha cara mandando sinais incorporados em pessoas vivas. Para ser mais claro vou aos exemplos:


· Um primo mais novo que eu já se casou
· Outro primo um ano mais velho que eu já se casou
· Este mesmo filho já tem um filho
· O primeiro primo mencionado já tem uma filha
· O primeiro e o segundo primo já tem a responsabilidade de levar o lixo pra fora
· Vários outros primos, sendo mais velhos, mais novos ou da mesma idade que eu já namoram.


Ou seja, é como se tudo ao seu redor estivesse envelhecendo e você continua igual. Não que eu queira ter filhos já (pelamor!) ou casar (pelamor também), ou que eu queira levar o lixo pra fora... afinal já faço isso desde já... mas esse sentimento é tão contraditório quanto convidativo a um jogo de poker: é um medo de envelhecer junto a uma sensação de estagnação. As vezes me sinto o cara mais anos 90 do mundo. Tão anos 90 que as Spice Girls se sentiriam no auge novamente. E isso também não é paranóia. Minha mãe, por exemplo, freqüenta as maiores baladas da cidade, as festas mais concorridas, os sites de “eu tava lá” mais famosos da região e ninguém faz idéia da idade dela. Alias, se eu dissesse aqui a idade dela com certeza eu sentiria a vingança de uma mãe furiosa. Mas enquanto isso, eu freqüento bares, botecos, botequins, restaurantes, casas de amigos e todo tipo de programa de índio ou casaizinhos “eu pago hoje”.

Tem gente que acha que sou mais velho que minha mãe, aliás prefiro dizer tem gente que acha que minha mãe é mais nova que eu. Mas o fato de eu não gostar do clima apocalíptico das baladas desde os meus 17 me trouxeram este ar idoso e este olhar cansado. Mas isto é o que os baladeiros me dizem, pois já eu penso que estou sempre disposto a um programa de índio ou uma bagunça. Podem perguntar para quem costuma sair comigo, não rejeito um convite de ir pra (quase) lugar nenhum.

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